Tipos de fobias, sintomas e tratamentos.

Provavelmente todos nós conhecemos alguém que tenha medo de alguma coisa que, para nós, parece ser irracional, como, por exemplo, medo de lugares abertos, medo de estar em multidões e medo de espaços fechados. A Fobia é definida exatamente assim: medo irracional de algo, ou situação, que não lhe fará mal algum. Segundo o DSM-V, a fobia é “o medo acentuado e persistente diante da presença ou antecipação do estímulo fóbico¹”.

Apesar de ser confundida com um medo comum, é normal todo mundo sentir medo de alguma situação ou de algo que lhe põe em perigo, a fobia é caracterizada exatamente por não ter um perigo real, apesar das pessoas fóbicas acreditarem que sim.

Ainda segundo o DSM-V, para ser considerado fobia, é necessário obedecer aos seguintes critérios, estando entre os principais:

1. O medo ou ansiedade desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural;

 2. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses;

 3. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo;

Pessoas que possuem fobia de algo, muitas vezes, podem evitar determinadas situações exatamente por sentirem um medo muito grande e inexplicável, afetando diversas áreas de sua vida, como a vida profissional e social, por exemplo.

Tipos de fobias

Existem diversos tipos de fobias, das mais variadas possíveis, e a maioria são pouco conhecidas. A lista de fobias, segundo o Atlas da Saúde⁵, é de aproximadamente 480 fobias diferentes (confira a lista de fobias clicando nesse link https://www.atlasdasaude.pt/lista-de-fobias), e essa listagem aumenta cada vez mais, quando novos tipos de fobias são descobertos. Dentre as mais conhecidas, temos a claustrofobia (medo de espaços fechados), aracnofobia (medo de aranhas), hidrofobia (medo de água) e zoofobia (medo de animais) ².

As fobias podem ser classificadas em grupos, sendo as categorias mais conhecidas:

Fobias sociais: Causam extrema ansiedade em situações sociais ou públicas. Podem estar relacionadas a problemas de insegurança e autoestima, o que pode acarretar prejuízos severos, o indivíduo pode evitar situações em que esteja com outras pessoas, não conseguindo, por exemplo, sair para procurar emprego, se manter em escolas ou faculdades e tem muita dificuldade em fazer amizades³.

As fobias sociais são caracterizadas por manifestações de tensão, nervoso extremo e desconforto, sempre que o indivíduo se vê em situações de exposição social. Pode desencadear episódios de ansiedade e pânico sempre que precisa interagir com pessoas, em alguns casos, até mesmo pessoas da família.

Um dos principais medos que leva uma pessoa a desenvolver fobia social é o medo de ser ridicularizado, e por isso, busca se isolar do mundo e de situações em que precise estar em contato com outras pessoas, então se mantém o mais longe possível. São pessoas que evitam, a todo custo, ser o centro das atenções, podendo evitar comer, beber, falar ao telefone e, até mesmo, utilizar o banheiro quando não está em um ambiente que se sente confortável.

Pessoas que possuem alguma fobia social possuem medo do que podem pensar sobre ela, e não de estar com pessoas, mas a forma como encontra para se defender do medo de ser ridicularizado, julgado e apontado, é se distanciando de qualquer pessoa que considera um perigo. São pessoas que apresentam baixa autoestima, forte insegurança, vergonha extrema de si, quadro de tristezas, podendo até mesmo desencadear depressão.

Não existe uma razão específica para que a fobia social possa se desenvolver, mas pode ser fruto de experiências negativas com pessoas no passado, o que a faz acreditar que não é capaz de ser amado e aceito pelas pessoas, que não tem nada de bom a oferecer, e assim, foge de relacionamentos e situações que precise estar com pessoas, reforçando, cada vez mais, as suas crenças.

Fobias simples: É um grupo de fobias de algo que não traz um perigo real, como medo de ficar em espaço fechados, como o elevador, por exemplo (claustrofobia), medo de dirigir (amaxofobia) e medo de avião (aerofobia). Uma pessoa que possui fobia de avião, por exemplo, pode preferir fazer uma viagem de dias de carro, mesmo com o alto gasto que pode provocar, ao invés de ir de avião, o que lhe economizaria dinheiro e tempo².

As fobias simples, ou específicas, são caracterizadas por medo de situações, objetos ou atividades específicas, podendo envolver, também, medo de animais. Geralmente são medos incontroláveis e, que na maioria das vezes, não apresenta um perigo real para a pessoa, apesar da pessoa acreditar fortemente que sim.

Sempre que a pessoa com alguma fobia específica entra em contato com o alvo de seu medo, ou se vê diante da possibilidade de entrar em contato com esse alvo, ela pode apresentar quadros de ansiedade, e, por isso, sempre que possível, evita determinadas situações, para não confrontar os seus medos.

Apesar de saber que seus medos são irracionais, a pessoa com a fobia, muitas vezes, não consegue se desapegar dos sintomas que a fobia provoca, o que interfere diretamente na sua rotina e até mesmo nas interações com outras pessoas.

Assim como na fobia social, o medo apresentado pela fobia simples não é do objeto em si, mas sim das consequências que pode haver na interação com esses objetos, fazendo com que a pessoa restrinja seu contato com esse objeto.

Sintomas

As fobias são classificadas como um tipo de transtorno de ansiedade, e podem apresentar uma série de sintomas físicos e mentais, o que pode levar a pessoa a desenvolver outros transtornos, como depressão e síndrome do pânico.

Os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa, pois cada um pode expressar o medo de uma forma subjetiva, porém, entre os principais sintomas observados, temos ⁴:

Palidez; sudorese; taquicardia; dor no peito; dor de barriga; dor de estômago; ataques de pânico; medo descontrolado; ansiedade excessiva; dificuldade de raciocínio; tremores das mãos e dos pés.

Tratamento

É possível tratar as fobias, modificando a forma como o indivíduo reage ou se relaciona com o objeto de sua fobia. A psicoterapia é um dos meios mais eficazes no tratamento de fobias. Em alguns casos, será necessário, também, a utilização de medicações, principalmente no controle dos sintomas ansiolíticos⁴.

Durante o processo psicoterápico, o paciente, junto ao psicólogo, poderá aprender a desenvolver técnicas que auxiliem a enfrentar a fobia de uma maneira assertiva. Técnicas como a de respiração e relaxamento, são bastante eficazes no desenvolvimento de habilidades de enfrentamento à situação ou objetivo alvo de sua fobia. Trabalhar as emoções e a qualidade dos pensamentos relacionados as fobias são primordiais para um bom sucesso no tratamento.

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