O que é a Síndrome de Burnout?

Síndrome de Burnout

Estamos passando por um momento atípico em nossa sociedade. Tivemos que nos adaptar à nova realidade, onde há uma pressão para que os profissionais desempregados em meio à pandemia consigam se recolocar no mercado, assim como os profissionais que continuam empregados, sentem um aumento de cobranças e demandas no serviço, causando o esgotamento emocional.

É comum o relato de profissionais que apresentam episódios de choro compulsivo aparentemente sem motivo, crises de ansiedade relacionadas ao ambiente de trabalho e as rotinas realizadas, dores no peito e falta ar quando precisam resolver alguma pendência profissional. Esses sintomas podem ser sinais de Síndrome de Burnout.

Síndrome de Burnout¹ é o termo utilizado para descrever o transtorno relacionado ao esgotamento profissional. Essa síndrome é o desgaste que prejudica aspectos físicos e emocionais que podem ser produzidos pelo ambiente de trabalho ou tarefas relacionadas a ele. Geralmente, acomete profissionais que possuem uma jornada de trabalho considerada atribulada. Como jornada dupla, ou onde há muitas cobranças e pressões para atingir metas e resultados. A etimologia da “palavra atribulada” significa que foi acometido por atribulações; que sofre com problemas ou adversidades; que está atormentado por alguma dificuldade (física e/ou emocional); aflito. Com muitas tarefas por realizar; com grandes responsabilidades; atarefado.

Prevalência da síndrome

A Síndrome de Burnout acomete, no Brasil, aproximadamente 32% dos brasileiros, sendo relacionado tanto ao estresse e esgotamento profissional dos trabalhadores, quanto ao estresse daqueles que estão em busca de trabalho⁵.

De acordo com estudos, algumas profissões possuem maior recorrência dessa síndrome, geralmente profissões em que é preciso lidar com a pressão emocional diariamente, como profissionais da saúde (enfermeiros, médicos), professores, advogados, jornalistas, bombeiros, policiais, advogados, agentes penitenciários e bancários⁶’⁷.

Dentro dos profissionais acometidos por essa síndrome, as mais afetadas são as mulheres, por precisarem dar conta das responsabilidades no trabalho, cuidar das tarefas domésticas, cuidados com filhos e marido, o que acaba se tornando uma jornada dupla e extremamente cansativa, que parece não ter fim⁸.

Síndrome de Burnout e a depressão

A Síndrome de Burnout e a Depressão partilham de sintomas clínicos comuns, como queda da produtividade e dificuldades cognitivas. A Síndrome de Burnout está relacionada ao estresse crônico no contexto do trabalho, enquanto a depressão é uma doença psiquiátrica crônica que acontece de forma mais abrangente e afeta pessoas de todas as idades, acometendo diferentes áreas da vida do indivíduo⁵.

Segundo estudos da Organização Mundial da Saúde, a depressão seria a maior causa de incapacidade laboral até 2020, o que se agravou de forma intensificada devido ao isolamento social causado pela pandemia⁹.

Como saber se sofro dessa síndrome?

Em rotinas diárias em que o gasto de energia é muito grande, onde há excessivo esforço mental, emocional ou físico, e poucos momentos de descanso ou descontração para que essa energia gasta seja reposta, há uma chance maior de desenvolvimento da Síndrome de Burnout².

Profissionais que são diagnosticados com Síndrome de Burnout geralmente apresentam as seguintes características²:

  • Exaustão emocional: exaustão física e mental, a pessoa se sente sem energias para realizar as atividades rotineiras, levando a um baixo rendimento e faltas frequentes no trabalho, sensação de ter chegado ao limite das possibilidades.
  • Despersonalização: não significa que o indivíduo mudou sua personalidade, mas sim que ela sofreu ou vem sofrendo alterações, levando a pessoa a um contato frio e insensível em relação aos outros, passando a denotar atitudes de indiferença, cinismo e negativismo.
  • Sensação de pouca realização profissional: a pessoa apresenta sentimentos como os de incompetência, insatisfação, insuficiência, desmotivação, irritabilidade, fracasso profissional e baixa autoestima, além de perda da memória entre outros, o que gera baixa eficiência no trabalho. Muitas vezes o profissional se mostra suscetível a abandonar o emprego.

Sintomas e tratamento

É comum observar alguns sinais de pré-esgotamento emocional do indivíduo, sinais que já servem de alerta para o possível surgimento da síndrome³ como o aumento de consumo de álcool, aumento de consumo de doces durante o dia, falta de energia, mesmo no início da jornada, e sentimento de cansaço constante.

Recentemente Síndrome de Burnout foi reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ⁴, e constará com uma classificação própria no CID – Código Internacional de Doenças – a partir de janeiro/2022, quando a nova versão do CID 11 estará disponível.

Sintomas Físicos

  • Dores musculares e de cabeça;
  • Enxaqueca;
  • Cansaço excessivo;
  • Mudança no apetite
  • Transpiração constante;
  • Fadiga;
  • Pressão alta;
  • Alteração dos batimentos cardíacos;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Dificuldade em respirar;
  • Alergia e coceira crônica na pele;

Sintomas Emocionais

  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Desânimo acentuado;
  • Isolamento social;
  • Dificuldade de sentir prazer;
  • Dificuldades de concentração;
  • Irritabilidade;
  • Preocupação constante;
  • Problemas relacionados ao sono;
  • Sentimento de insegurança, inferioridade ou negatividade intensa;
  • Falta de motivação;
  • Falta de criatividade;

A psicoterapia é necessária para que a pessoa possa compreender o que casou o esgotamento físico e mental, o que é essencial para o tratamento. Através de psicoterapia, é possível realizar algumas técnicas, que auxiliam na diminuição dos sintomas¹, como a modificação de comportamentos inadequados, prática de exercícios físicos, busca por uma alimentação saudável, relacionamentos saudáveis, reorganização das rotinas diárias e o aproveitamento adequado dos períodos de descanso. O uso de ansiolíticos e antidepressivos também pode ser necessário, pois o estresse constante pode desregular a química do cérebro e os medicamentos ajudam nesse processo de equilíbrio do organismo.

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