Estresse e Processos Sensoriais

O que é Estresse e Processos Sensoriais?

A palavra “estresse” passou a ser associada, no nosso cotidiano, como sendo a principal responsável por tudo que nos aflige. Em conversas com amigos, companheiros, familiares, é normal escutar, diariamente, que a pessoa está estressada. Mas o que é “estar estressado”?

Na rotina do dia a dia, diversas situações podem gerar o estresse, pode também estar relacionado com diversos transtornos mentais e psicológico. Por esta razão, é importante conhecer a sua origem, bem como reconhecer as suas principais fontes e levantar as possíveis alternativas de prevenção e cuidado.

Os eventos geradores do estresse são denominados “estressores” e as reações provocadas por estes, chamamos de “respostas de estresse”. Podemos identificar como eventos estressores a perda de alguém, ou os relacionamentos pessoais, desafios no trabalho. Quem nunca ficou estressado por precisar ficar durante horas no trânsito, ou por discutir com alguém? Ou mesmo quando precisou montar uma apresentação de trabalho, ou tinha um encontro com aquela pessoa desejada. Diversas são as situações rotineiras que são geradores de estresse, e, devido a esses eventos, as respostas de estresse podem ser depressão, desarmonia dos relacionamentos, desgaste mental, agressão, cansaço, reações fisiológicas como mão suadas, entre outras.

O que é Estresse?

O estresse é uma resposta do nosso organismo para algum evento classificado como evento gerador de estresse¹. Quando vivenciamos alguma situação estressora, como um ambiente de trabalho aversivo, onde a convivência com colegas, chefes e/ou clientes causa uma grande tensão, é comum o corpo entender a situação como se estivesse sob ataque, e reagir através do comportamento conhecido como “luta ou fuga” ¹.  

Mas a fonte de estresse não precisa ser negativa, e nem suas respostas necessariamente causarão danos à nossa saúde. No primeiro dia de aula na nova escola, por exemplo, quando a criança e/ou adolescente não conhece ninguém, e sente aquele frio na barriga, a vergonha de ter que conviver com pessoas que nunca viu e dá aquela palpitação, ou aquele suor frio, principalmente nas mãos. Essas respostas que o corpo emite ao novo evento é uma resposta de estresse ao evento gerador.

O estresse só é definido como patológico quando o estimulo estressor é contínuo, ou seja, o indivíduo permanece constantemente sob eventos geradores de estresse.

Após vários estudos, alguns pesquisadores concluíram que o estresse se desenvolvia em três fases². Porém, atualmente, estudos apontam que há quatro fases para o seu desenvolvimento, sendo eles:

  • 1. fase do alerta: considerada fase positiva do stress;
  • 2. fase da resistência;
  • 3. fase de quase-exaustão;
  • 4. fase da exaustão.

1. Fase do alerta: considerada fase positiva do stress: É o momento em que o organismo se adapta à alguma mudança importante, momento este, que indique alguma emergência ou algo que coloque a vida em risco. Os agentes estressores poderão ser internos ou externos e as reações (respostas) a esses agentes são fisiológicas e/ou psicológicas.

2. Fase da resistência: Se o estresse permanece por muito tempo, o corpo inicia o processo de adaptação a essa fonte, devido a necessidade do organismo em procurar a homeostase (estabilidade) interna, e através dela, estabilizar a manutenção das concentrações normais dos elementos sanguíneos, como temperatura, pH, balanço hídrico, pressão arterial e outras substâncias, que podem sofrer alterações em seus níveis diante do evento estressor.

3. Fase de quase-exaustão: Se o evento estressor é contínuo, o corpo começa a perder a reserva de energia para estabilizar-se e, com isso, o indivíduo é acometido por doenças que se iniciam nos órgãos com maior propensão genética ou por vulnerabilidades físicas adquiridas no transcorrer de suas vidas, como depressão, raiva, altos níveis de ansiedade tanto somática quanto cognitiva. Nessa fase, as doenças não são tão graves como na fase de exaustão.

4. Fase da exaustão: Ocorre quando doenças graves afetam órgãos vulneráveis como o coração provocando infarto, úlceras e psoríase, entre outras.

Quando os eventos estressores se classificam além da margem de sofrimento comum do ser humano são denominados como estressores da ansiedade³. Quando desenvolvidos, formam um conjunto conhecido como Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT). Doenças como arteriosclerose, diabetes tipo 2, úlcera, colite, nanismo psicogênico, impotência sexual, amenorreia, lúpus, artrite reumatoide, entre outras, podem ser decorrentes do estresse crônico. Síndromes como a de L.E.R/D.O.R. T e Burnout também são decorrentes do estresse.

Estresse e as mulheres

Segundo estudos, as mulheres tendem a ser mais estressadas⁵. Duas em cada três brasileiras se consideram estressadas. Esta constatação foi feita em estudo realizado pela consultoria Nielsen em 21 países emergentes e desenvolvidos. No total, foram entrevistadas 6.500 mulheres entre fevereiro e abril deste ano, das quais 318 das entrevistas ocorreram no Brasil. Esse estudo mostra que 67% das mulheres brasileiras se consideram estressadas e que esse estresse ocorre porque elas desempenham várias funções.

Entre os pontos considerados na pesquisa, as mulheres sentem o peso de ter de conciliar a vida profissional com as responsabilidades familiares, que ainda são regidas por padrões tradicionais. É possível identificar esses padrões através da rotina diária de muitas mulheres em nossa sociedade, que exercem suas funções no ambiente de trabalho e, ao retornar para sua casa, precisam lidar com as rotinas da casa, dos filhos e dos relacionamentos que vivenciam.

Em outro estudo, realizado pelo escritório brasileiro da Internacional Stress Management Association (ISMA), mostra também que o nível de estresse das mulheres tende a se agravar por ainda existir diferença entre os sexos no mercado de trabalho, como funções, promoções e salários em desigualdade ao de homens. A mulher tem o perfil de “cuidadora”, sendo assim o seu comprometimento com as funções assumidas, especialmente no trabalho, geralmente é maior do que o do homem. Todos estes fatores somados aumentam o dispêndio de energia física e emocional, tornando as mulheres, segundo esses estudos, potencialmente mais estressadas.

Tratamento

Os efeitos do estresse podem ser completamente revertidos se a pessoa ainda não chegou ao ponto de ter contraído doenças mais graves ⁴. Quando já se tem alguma manifestação física (enfarte, úlcera, psoríase etc.) desencadeada por um estresse muito grande, seu tratamento necessariamente deverá ser feito por um psicólogo especialista em estresse e por um médico especialista na área afetada. Tratar só a doença física sem aprender a lidar com o evento gerador estressante não vai ser eficaz por muito tempo.

Compete ao psicólogo a função de auxiliar o paciente a trabalhar com as fontes de estresse, principalmente se elas forem internas, criadas pelo modo que próprio indivíduo sente, pensa e reage diante de situações estressoras.

Práticas cotidianas para evitar o Estresse

O estresse é algo que vivenciamos todos os dias. E em muitos momentos, o estresse é necessário para a nossa sobrevivência, uma vez que ela nos move a buscar melhores situações, ou melhores mecanismos de enfrentamentos, buscando algum grau de satisfação. É preciso ficar em alerta somente quando a fase estressante permanece por mais tempo que o “normal” e começa a desencadear doenças físicas e psicológicas. Mas é possível aliviar o estresse através de comportamentos que podem auxiliar a manter o nosso corpo preparado para enfrentar os desafios.

Novos hábitos como alimentar-se corretamente, ajuda a produzir energia necessária para lidar com a rotina. Praticar atividades físicas ou encontrar um “hobby”, também auxiliam nesse processo. Podemos também, após um dia de muito trabalho, respirar com calma e pausadamente, assim como ouvir uma boa música, mesmo no trânsito dentro do carro, também são maneiras que podemos encontrar para lidar com as situações estressantes. Às vezes é preciso desacelerar o ritmo e apreciar cada momento sem correria.

Recorrer as terapias pode trazer saúde e bem estar, proporcionando prazer e satisfação. Enfim, podemos optar por uma vida muito mais calma e saudável, enfrentando de maneira assertiva os fatores estressores que fazem parte de nosso cotidiano.

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