Autoconhecimento como Fonte de Desenvolvimento

Autoconhecimento x Charlatanismo

Em tempos em que o autoconhecimento se encontra na moda, nunca se fez tão necessário transparecer a real importância de conhecer-se, a fim de erradicar sensacionalismos, banalizações e promessas vazias de mudanças de uma vida inteira em curto espaço de tempo.

No mundo de hoje, o advento da tecnologia somado à imperalidade do neoliberalismo, traz consigo os seus impactos. Impactos estes que excluem, promovem agitação (em todos os sentidos, mas principalmente em forma de ansiedade), que nos deslocam e geram grande sofrimento. A sensação perpétua de que estamos nadando contra a maré e sendo abatidos.

Em meio a este mal-estar, surgem inúmeras soluções imediatas que costumam propagar que a sede por conhecimento e “a tal” inteligência emocional seriam fontes de superação em meio ao caos socioeconômico (para não dizer de educação, segurança e saúde) que atravessamos. Inicia-se então, no século XXI, uma busca irremediável por informação. Talvez por isso, estejamos neste tempo em que as pessoas têm cada vez mais, amplo acesso às mais variadas informações e, ainda assim, continuam escassas de conteúdo. O famoso “sabe-se tudo, e ao mesmo tempo, nada”.

Há quem busque por autoconhecimento, induzido pela sedução de ganhos rápidos. Há quem busque por autoconhecimento pela curiosidade, pelo desconhecido e, quem sabe até, pelo confronto consigo mesmo. Em qual afirmação anterior você se identificou?

Mas o que é o autoconhecimento?

Uma vez em que foi exposto previamente tudo o que não é autoconhecimento (apesar de ser vendido com o tal), o prefácio anterior – crítico e provocativo – abre espaço para iniciarmos a discussão sobre o que vem a ser autoconhecimento.

Com base na filosofia Socrática, o autoconhecimento pode ser entendido como o pontapé inicial de uma vida equilibrada e mais autêntica. O famoso “Conhece-te a ti mesmo” diz respeito à maturidade emocional que dispomos e, principalmente aquela que pretendemos desenvolver. Refere-se à maturidade que temos (ou deveríamos ter) ao assumir nossa ignorância e a busca pelo estado de não-ignorância que almejam para não permanecer desta forma.

Outra compreensão possível de autoconhecimento está presente no nome de nossa clínica por meio da palavra “Klar”, do alemão, que remete à lucidez ou clareza, isto é, clarividência da mente e das idéias, através do seu entendimento.

Basicamente, o autoconhecimento permite a construção de nossa subjetividade é ele que dá voz ao desejo, constitui a identidade, reprime o que é danoso, conforta o sofrimento, distingue o que é nosso e o que é do outro, acolhe a angústia, enfrenta o temor, ressignifica o viver, prevê enlaces e elabora os conflitos (entre tantas outras construções… a lista é tão grande…) é ele, a fonte de nosso desenvolvimento.

Além disso, conhecer a si mesmo, permite que a gente não se ofenda com o mundo exterior, isso porque convictos do que somos, jamais haverá margem para o que é pertencente ao outro, chegar a me afetar.

Como alcançar o autoconhecimento?

Examinar o próprio ser e buscar o próprio eu. Autoanalisar as peculiaridades do mundo externo e do mundo privado. A nossa interação com o meio e sem ele. Reconhecer os medos, os anseios, os desejos, os temores, as ambições, as motivações, os obstáculos e inúmeros aspectos de nosso universo particular.

Envolve habitar terrenos inabitados. Às vezes sombrios, mas sempre ótimos para semear. É um processo transformador, longínquo e edificante. A busca por autoconhecimento nunca é individual, pois num movimento interno, podemos evocar uma sensibilização coletiva e despertar outras pessoas voltarem os olhos para si mesmas. Por esta razão o autoconhecimento tem, em suas extensões, a construção de uma sociedade mais justa.

Nenhum crescimento é linear, tão pouco instantâneo. Assim como rapidez é sinônimo de superficialidade, morosidade é sinônimo de profundidade. Portanto, para escavar as camadas de nossa mente, precisaremos libertar algumas defesas (resistências pessoais). Percorreremos caminhos dolorosos (consciência pessoal), por vezes, demorados, e que não necessariamente garantirão “ganhos”, mas que nos permitirá escolher a forma com que desejamos perceber a vida, e claro, nós mesmos.

Mais uma vez, Sócrates nos ensina: (…) “se o que procuras não achares primeiro dentro de ti mesmo, não acharás em lugar algum”.

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