As armadilhas da dependência emocional

Existem pessoas que gostam de agradar aos outros. Para elas, fazer o outro feliz é uma meta que faz a vida ter mais sentido, podendo deixar de lado os seus desejos e seus interesses.
E quando essa compulsão por agradar se torna, de fato, um peso?

A dependência emocional é uma dependência que ocorre nas relações interpessoais.

Nessas relações, a pessoa dependente necessita da aprovação e atenção dos outros para preencher um vazio interno, podendo se submeter muitas vezes, a situações desagradáveis com intuito de se amparar no outro. Essa é uma das formas que o dependente emocional encontra de manter o vínculo com outras pessoas, buscando agradar independentemente das consequências e exposições.

De onde vem a dependência emocional?

Desde o nascimento, o bebê necessita do outro para sua sobrevivência e necessidades básicas. Na primeira infância é onde os primeiros laços afetivos são formados, e é a partir da qualidade desses primeiros vínculos afetivos que todas suas relações futuras se baseiam.

Isso quer dizer que, se na infância a pessoa estabelece um vínculo de validação e segurança com os seus cuidadores, provavelmente essa pessoa também provará de relacionamentos seguros na sua vida adulta.
Mas se essas primeiras relações foram indefesas, há grandes chances desse adulto desenvolver a necessidade de ser aceito, aprovado e validado em suas relações futuras, e por isso, ele busca, incessantemente, a aprovação externa, podendo ter dificuldades de tomar decisões muitas vezes simples sozinho.

A dependência emocional, então, pode ocorrer devido a fragilidade das relações estabelecidas nos primeiros anos de vida, fazendo com que o adulto busque amor e afeto que lhe faltou na infância. Também pode ocorrer devido algum evento estressante ocorrido nesse primeiro período da vida, como o medo de perder alguém querido ou a ansiedade de separação (ocorrida, por exemplo, quando há a separação dos pais).

O Vício por agradar

Para um dependente emocional, o seu comportamento de agradar ao outro pode não parecer um problema, pelo simples fato de não estar fazendo mal ao outro. Afinal de contas, agradar alguém e fazê-lo feliz pode transformar positivamente o dia dessa pessoa. Mas aos poucos, essa realidade da necessidade de aceitação e aprovação externa começa a ser um fardo.

Esse comportamento de agradar começa, então, a se tornar uma obrigação, pois o indivíduo se vê viciado em satisfazer as necessidades e expectativas dos outros, mesmo que tenha que se esforçar para consegui-lo. A partir de então, as exigências internas se tornam tão grandes, que a pessoa começa a se pressionar para agradar sempre mais, a fim de evitar o erro de não agradar e se ver abandonada ou rejeitada.

Com isso, a pessoa dependente se vê tão sintonizada às necessidades externas que acaba não dando atenção a si, e às suas próprias necessidades, podendo se desgastar demais e agir contra seus interesses. Para ela, o seu objetivo de vida e sua autoestima está associada ao quanto ela consegue agradar ao outro, conquistando respeito, aprovação e o amor que busca.

O desgaste provocado quando se esforça tanto para agradar ao outro, favorece para que o dependente emocional seja facilmente manipulado e explorado, se tornando “prisioneiro” dessa pessoa. Para a pessoa dependente, o fato de ser amada e aprovada pelo outro é muito mais importante do que as suas necessidades, e quando se vê sem essa pessoa, pode se sentir extremamente insegura e indecisa, provocando angústias extremas.

Por isso, agradar aos outros se torna uma maneira muito mais fácil e menos complicada de se viver, pois evita que sentimentos como medo de abandono, rejeição, raiva ou medo de ficar sozinho surjam. Para o dependente emocional, essa é uma forma de evitar entrar em contato com os sentimentos citados acima.

Sinais característicos da compulsão por agradar

  • Necessidade de ser amada por quase todos a sua volta;
  • Suas necessidades são colocadas em segundo lugar em relação às necessidades das pessoas que ama;
  • Necessidade de ser aprovada pelas pessoas que ama;
  • Dificuldade em dizer não aos pedidos dos outros;
  • A autoestima está relacionada a aprovação externa;
  • Insegurança nos relacionamentos estabelecidos;
  • Medo de ser abandonado ou rejeitado pelo outro, caso não faça nada para agradar;
  • Tem dificuldade em dizer o que sente e o que pensa, por medo de desagradar.

Como se livrar da dependência emocional

Para superar uma dependência emocional é preciso, primeiramente, reconhecer que ela existe e que é um problema que precisa ser enfrentado. Esse tipo de dependência costuma ter raízes profundas, o que torna o acompanhamento psicológico o tratamento ideal para se livrar da dependência emocional.

No processo terapêutico, as emoções e as crenças internas são trabalhadas, a fim de rever as bases dos relacionamentos construídos. Em terapia, é compreendido como os relacionamentos são desenvolvidos e, através do autoconhecimento, é possível modificar as crenças internas, auxiliando na construção de relacionamentos mais saudáveis.

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